LÍDERES ISLÂMICOS PEDEM QUE MUÇULMANOS SE UNAM PARA "TOMAR" JERUSALÉM
"E ouvireis de guerras e de rumores de guerras;..." Mateus 24:6
Lideranças religiosas e políticas querem união de islâmicos.
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, pediu nesta terça-feira
(25) aos muçulmanos de todo o mundo que “visitem” e “protejam” Jerusalém
do controle de Israel. Em meio aos conflitos dos últimos dias, o
governo israelense cedeu às pressões e retirou os detectores de metal da
entrada do Monte do Templo, o que foi visto como um sinal de fraqueza.
Erdogan convocou os fiéis islâmicos a irem para Jerusalém e visitem a
mesquita de Al-Aqsa, que fica no alto do Monte, sendo o terceiro lugar
mais sagrado do Islã. “Sob o pretexto de lutar contra o terrorismo,
trata-se de uma tentativa de roubar a mesquita Al-Aqsa dos muçulmanos”,
afirmou o líder turco.
“Israel tomou um caminho perigoso. Ao ocupar a mesquita de Al-Aqsa,
Israel ultrapassou os limites”, afirmou Erdogan, acrescentando que a
Turquia reconhece tanto a Palestina como nação, cuja capital é Jerusalém
oriental, mas que Israel tem sua capital em Tel Aviv.
Insistiu ainda que “Quanto mais defendemos a Al-Aqsa, mais feroz será a
resistência. Se os soldados israelenses estão sujando a Al-Aqsa com suas
botas, é por que nós não conseguimos defendê-la decentemente.
Defendamos a Palestina assim como defendemos Meca e Medina”.
Para o presidente turco, os problemas da “Palestina” começaram com a
queda do Império Turco Otomano, que dominou Jerusalém entre 1517 e 1917.
Reação de Israel
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Emmanuel Nahshon,
respondeu a Erdogan, dizendo que o discurso do presidente turco era
“delirante” e “distorcido”.
“Os dias do Império Otomano acabaram”, continuou Nahshon. “A capital do
povo judeu era, é e sempre será Jerusalém. Ao contrário do domínio
passado, nesta cidade o governo está comprometido com sua segurança,
liberdade, liberdade de culto e respeito aos direitos de todas as
minorias”.
A provocação de Erdogan foi interpretada por especialistas como parte de
uma batalha entre líderes muçulmanos pela influência em Jerusalém e o
Monte do Templo. Ele vem fazendo esse tipo de ameaça de invasão
repetidas vezes nos últimos anos.
Outras ameaças
Nesses dias, os acessos da Cidade Velha de Jerusalém foram tomados por
palestinos, que acusam Israel de tentar expandir seu controle sobre o
seu local sagrado. Em sinal de protesto, além das orações nas ruas,
muitos islâmicos entraram em confronto com a polícia, lançando pedras e
coquetéis molotov.
Ikrema Sabri, líder do Comitê Supremo Islâmico de Jerusalém afirmou que a
situação ainda está longe de ser resolvida, reiterando que os
muçulmanos devem ter o acesso garantido à Esplanada das Mesquitas e não
devem ceder às exigências israelenses.
O filho do falecido rei da Arábia Saudita, Fahd Bin Abdulaziz, usou as
redes sociais para criticar Israel e convocar os muçulmanos para se
“solidarizarem” com a situação. Ele escreveu: “Todo muçulmano é obrigado
a apoiar nossos irmãos na Palestina e a Mesquita Sagrada de Al-Aqsa,
cada um da maneira como pude. Ó nação de Maomé, mostre-lhes quem você é.
Negligenciar Al-Aqsa seria uma desgraça e Allah nos responsabilizará.”
Em outra mensagem, conclamou: “Ó nação de Maomé e Allah, a terceira
mesquita é prisioneira da ocupação criminosa. Vamos lutar, queremos ser
vitoriosos e salvá-la”.
Um dos discursos mais incisivos foi do sheik Yusuf al-Qaradawi, um dos
principais líderes do segmento sunita do islamismo e um dos mais
influentes líderes do grupo político-religioso Irmandade Islâmica,
presente em muitos países. Nascido no Catar, ele é presidente da União
Mundial de Sábios Islâmicos.
“É preciso dizer claramente que esta é uma campanha islâmica, já que
Al-Quds [nome islâmicos para Jerusalém] não é apenas uma questão
palestina ou árabe. Al-Quds é o interesse de toda nação islâmica, desde o
oeste até o leste”, escreveu Qaradawi, que tem laços com o Hamas,
principal grupo palestino opositor de Israel.
LÍDERES ISLÂMICOS PEDEM QUE MUÇULMANOS SE UNAM PARA "TOMAR" JERUSALÉM
Reviewed by Glória Ebenézer
on
setembro 12, 2017
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