“...e pestes...” Mateus 24:7
Os maiores assassinos de pessoas não são o HIV, vírus da raiva ou malária, mas várias estripes hepáticas que matam anualmente mais de 1,3 milhão de pessoas, diz o atrigo publicado na revista Lancet.
Charles Gore, presidente da Aliança Mundial das Hepatites, comenta a revelação:
"Conclusões desse tipo nos enfurecem, mas não
nos surpreende que a hepatite mate mais pessoas do que o HIV, malária ou
tuberculose. Tal desfecho triste tem a ver com o fato de que a luta
contra a hepatite nunca foi prioridade política dos países principais do
mundo e de que não há nenhum sistema global do financiamento destes
projetos."
Anualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outros serviços de saúde da ONU publicam relatórios na revista Lancet sobre
as doenças e problemas de saúde que mais preocupam as pessoas e a
quantidade de mortes causadas por elas. Tais relatórios servem como
orientadores para órgãos políticos da ONU e serviços de saúde de alguns
países.
Neste ano, os autores do relatório focaram não nas doenças geradas
por problemas no funcionamento do organismo de uma pessoa ou por más
condições de vida, mas nas infecções de vírus, bactérias e parasitas.
Para entender o processo de evolução dessas periculosidades nos últimos
40 anos, os cientistas recolheram e analisaram arquivos médicos de 147
países sobre as razões da morte de seus cidadãos.
Em geral, infecções correspondem a 19,4% das mortes durante o período
examinado, e o seu número está constantemente crescendo, o que, segundo
os especialistas, está ligado à deterioração dos padrões do sistema de
saúde e ao crescimento brusco da população nos países em
desenvolvimento.
Para espanto dos autores, a liderança pertence à hepatite — nos
últimos anos, o vírus levou à morte de aproximadamente 1,34 milhão de
pessoas. As mortes foram causadas não pela própria doença, mas pelos
efeitos negativos relacionados a ela — cirrose, câncer de fígado e
outras complicações. A tuberculose ocupa o segundo lugar com 1,2 milhão
de mortes, o HIV é terceiro na lista das doenças mais perigosas com
aproximadamente um milhão de vítimas, e a malária — a quarta (719 mil
mortes).
Tais números, de acordo com médicos, representam avaliações
conservadoras, pois somente 25 países, incluindo a Rússia, ofereceram
estatísticas de boa qualidade quanto às razões da morte de seus
cidadãos. Sendo assim, o número real de vítimas do HIV, hepatite e
outras doenças pode ser ainda maior.
Os cientistas salientam que a hepatite pode ser
perigosa porque o número de mortes causado por ela só tem aumentado nos
últimos anos, ao contrário do HIV, tuberculose e malária.
Uma das razões disso, além do mau financiamento e alto preço das
vacinas atuais contra a hepatite, é que a maioria das pessoas não sabe
que está contaminada. De acordo com as estatísticas, somente 5% dos
habitantes dos países desenvolvidos e em desenvolvimento estão a par do
seu diagnóstico e passam por tratamentos em hospitais.
Vale ressaltar que o vírus da zika se tornou a infeção mais
"popular", contudo não tão perigosa — cabe a ele somente 2 mortos em
2015 e 19 em 2016. Como esperam os pesquisadores, tal tendência vai
continuar no futuro, com tudo isso, é pouco provável que o vírus da zika
seja muito perigoso, o que dá tempo aos científicos para encontrar a
cura.
CIENTISTAS DETECTAM VÍRUS MAIS PERIGOSO DO MUNDO
Reviewed by Glória Ebenézer
on
setembro 16, 2017
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