NOVA LEI IRÁ PROIBIR CRISTÃOS DE SE REUNIREM PARA ESTUDOS BÍBLICOS, NA CHINA



O Partido Comunista da China colocou novas restrições sobre reuniões religiosas, debates sobre assuntos religiosos e o financiamento de grupos religiosos em um esforço para “combater o extremismo e restringir a fé praticada fora das organizações aprovadas pelo Estado”.
A Reuters informou que a nova legislação, que entrará em vigor no dia 2 de fevereiro de 2018, também aumentarão as restrições existentes sobre os grupos religiosos não registrados – como as igrejas domésticas – para incluir proibições explícitas sobre o ensino religioso ou viagens para o exterior para participar de treinamentos, encontros ou programas missionários.
Além disso, o estado terá maior influência sobre a educação religiosa, com disposições explícitas sobre o estabelecimento e registro de faculdades confessionais (que assumam qualquer tipo de fé como base de conduta).
O documento, aprovado pelo primeiro-ministro Li Keqiang, na última quinta-feira (7), atualiza uma versão das regras implementadas em 2005 para permitir uma maior regulação da religião e refletir melhor as mudanças “profundas” na China e no mundo.
“A manutenção de assuntos religiosos deve persistir em um princípio de manter a legalidade, privar a ilegalidade, bloquear o extremismo, resistir à infiltração e atacar crimes”, dizem os regulamentos.
“Nenhum grupo ou indivíduo deve criar conflitos ou disputas entre diferentes religiões, com uma única religião ou entre indivíduos religiosos e indivíduos não religiosos”, acrescentou o texto da nova legisalação.
Durante o ano passado, o presidente Xi Jinping ordenou que o partido “Sinicize” (padronize segundo o governo chinês) as minorias étnicas e religiosas do país em esforços para combater o “extremismo” religioso e enfatizou a necessidade de se proteger contra as infiltrações estrangeiras através da religião.
O Partido Comunista acredita que o cristianismo, cujos seguidores são considerados rivais dos 85 milhões de membros de seus membros afiliados, “representa uma grande ameaça” à sua estabilidade a longo prazo. Os budistas tibetanos, os uigures muçulmanos e os praticantes de Falun Gong também têm sofrido intensa perseguição por parte do governo chinês.
As congregações cristãs registradas, também conhecidas como ‘Igreja dos Três Poderes’, são aprovadas pelo governo e aderem a um conjunto rígido de regras estabelecidas pelo Partido Comunista. Já as não registrados – às vezes chamadas de igrejas subterrâneas, domésticas ou até mesmo “clandestinas” – operam fora do controle do governo e, portanto, são consideradas tecnicamente “ilegais”.
Nos últimos meses, dezenas de igrejas domésticas foram invadidas pelas autoridades do governo da China, e em anos anteriores, as autoridades destruíram centenas de templos e retiraram milhares de cruzes dos prédios cristãos, além de prender – e até mesmo torturar – pastores e advogados de direitos humanos, que têm se disposto a defender estas comunidades cristãs.

Na semana passada, imagens de vídeo surgiram mostrando milhares de cristãos tentando impedir que tratores demolissem o templo de uma igreja na vila de Wangcun, na província de Shanxi, no norte da China. Eles podem ser ouvidos gritando: “Jesus, me salve!”, enquanto os funcionários do governo os cercam.
Perseguição e avivamento
Devido a esses abusos em curso, a China é classificada como o 39° país na lista de observação mundial da Missão Portas Abertas, sobre as nações onde os cristãos enfrentam maior perseguição.
Em uma entrevista ao site ‘Gospel Herald’, o presidente da organização cristã ‘China Aid’, Bob Fu, compartilhou como os cidadãos chineses estão “sedentos” pela verdade do Evangelho – particularmente à luz da natureza opressiva do governo comunista.
“O autêntico amor e compaixão que se manifesta na vida dos crentes tem sido um fator importante na propagação do Evangelho”, disse ele, citando um estudo da Universidade de Purdue, que descobriu que o país está em curso para se tornar a “nação mais cristã do mundo” até 2030.
“Sob o comunismo, a confiança entre os chineses foi destruída”, revelou Fu. “Mas a Igreja é o contrário – os cristãos sempre foram os primeiros a amar aqueles com doenças, os primeiros a cuidarem dos idosos, dos vulneráveis, das crianças”.
Apesar da perseguição em curso, Fu acrescentou que ele está “mais otimista do que nunca”, acreditando que o Evangelho continuará a impactar o país de forma tremenda.
“Enquanto sentimos a dor e o sofrimento de nossos irmãos e irmãs na China, vemos que as Boas Novas provocam o rápido crescimento do cristianismo”, afirmou. “Vemos um grande avivamento – mais e mais crentes estão se envolvendo ativamente. Creio que, no final, o Partido Comunista será chamado de ‘Servo do Senhor”.
NOVA LEI IRÁ PROIBIR CRISTÃOS DE SE REUNIREM PARA ESTUDOS BÍBLICOS, NA CHINA NOVA LEI IRÁ PROIBIR CRISTÃOS DE SE REUNIREM PARA ESTUDOS BÍBLICOS, NA CHINA Reviewed by Glória Ebenézer on outubro 07, 2017 Rating: 5

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