Há uma herança especial, reservada aos ministros
comprometidos com Deus. Através do profeta Ezequiel, vemos o Senhor destacando
uma linhagem sacerdotal que cumpriu o seu dever e não se extraviou – os filhos
de Zadoque:
“Será para os sacerdotes santificados, para os
filhos de Zadoque, que cumpriram o seu dever e não andaram errados, quando os
filhos de Israel se extraviaram, como fizeram os levitas.” (Ezequiel 48.11)
Tudo o que alcançamos em nosso relacionamento com
Deus (e também no ministério) está direta e proporcionalmente ligado à dimensão
do nosso compromisso e entrega. A nossa santificação determinará não apenas
quão longe iremos e o quanto conquistaremos, mas também o que conseguiremos
manter e preservar depois dessas conquistas.
Os integrantes desta linhagem sacerdotal – os
filhos de Zadoque – foram destacados por Deus como “sacerdotes santificados”(poderíamos
ainda chamá-los de “ministros
comprometidos” com o Senhor). Para compreendermos esta
linhagem e o seu valor aos olhos de Deus, é preciso retroceder muito no tempo
desta narrativa bíblica para entendermos um processo que teve início com a
palavra de juízo que o Senhor pronunciou contra a casa do sumo sacerdote Eli.
A
PROMESSA DE UMA CASA FIRME
No entanto, alguns ministérios podem ser julgados
pelo Senhor, até mesmo antes da futura prestação de contas. O apóstolo Paulo
declarou a Timóteo que há um juízo imediato e um não-imediato:
“Os pecados de alguns homens são notórios e levam a
juízo, ao passo que os de outros só mais tarde se manifestam” (1 Tm 5.24).
Ou seja, alguns pecados somente serão revelados e
julgados no futuro, mas outros podem ser revelados e julgados já. Foi
exatamente o que aconteceu com o sumo sacerdote Eli.
Por causa dos seus contínuos pecados contra o
Senhor (bem como de seus filhos), depois de muita expressão da longanimidade de
Deus (o que me parece óbvio pelo fato de Eli ter chegado à velhice), o
Altíssimo, por meio de um profeta, declarou uma dura palavra de juízo contra
Eli:
“Veio um homem de Deus a Eli e lhe disse: Assim diz
o Senhor: Não me manifestei, na verdade, à casa de teu pai, estando os
israelitas ainda no Egito, na casa de Faraó? Eu o escolhi dentre todas as
tribos de Israel para ser o meu sacerdote, para subir ao meu altar, para
queimar o incenso e para trazer a estola sacerdotal perante mim; e dei à casa
de teu pai todas as ofertas queimadas dos filhos de Israel. Por que pisais aos
pés os meus sacrifícios e as minhas ofertas de manjares, que ordenei que me
fizessem na minha morada? E, tu, por que honras a teus filhos mais do que a
mim, para tu e eles vos engordardes das melhores de todas as ofertas do meu
povo de Israel? Portanto, diz o Senhor, Deus de Israel: Na verdade, dissera eu
que a tua casa e a casa de teu pai andariam diante de mim perpetuamente; porém,
agora, diz o Senhor: Longe de mim tal coisa, porque aos que me honram,
honrarei, porém os que me desprezam serão desmerecidos. Eis que vêm dias em que
cortarei o teu braço e o braço da casa de teu pai, para que não haja mais velho
nenhum em tua casa. E verás o aperto da morada de Deus, a um tempo com o bem
que fará a Israel; e jamais haverá velho em tua casa. O homem, porém, da tua
linhagem a quem eu não afastar do meu altar será para te consumir os olhos e
para te entristecer a alma; e todos os descendentes da tua casa morrerão na
flor da idade. Ser-te-á por sinal o que sobrevirá a teus dois filhos, a Hofni e
Finéias: ambos morrerão no mesmo dia. Então, suscitarei para mim um sacerdote
fiel, que procederá segundo o que tenho no coração e na mente; edificar-lhe-ei
uma casa estável, e andará ele diante do meu ungido para sempre. Será que todo
aquele que restar da tua casa virá a inclinar-se diante dele, para obter uma
moeda de prata e um bocado de pão, e dirá: Rogo-te que me admitas a algum dos
cargos sacerdotais, para ter um pedaço de pão, que coma.” (1 Samuel 2.27-36)
Algumas coisas muito claras foram anunciadas nesta
profecia:
1.
Foi o Senhor que escolheu e levantou a Casa de Eli
para o ministério.
2.
O Senhor não Se agradou de Eli e de sua casa, que O
desonraram com o pecado.
3.
O Senhor decidiu julgá-los (e à sua descendência),
removendo-os do ministério.
4.
O Senhor prometeu levantar um sacerdote fiel e
edificar-lhe uma casa estável (outras versões bíblicas usam a expressão “casa
firme”) no local de habitação desta família.
Estas verdades devem estar no coração de todos os
que foram chamados ao ministério. O pecado atrairá juízo (e até mesmo a
substituição da posição ministerial) dos que foram chamados e levantados pelo
próprio Deus!
A promessa divina de juízo e de substituição da
família sacerdotal de Eli também nos mostra algumas verdades importantíssimas
com relação ao ministério:
1.
Até mesmo com uma declaração anteriormente feita,
que expressava que a vontade divina era que a Casa de Eli permanecesse sempre
no ministério, isto não se concretizou pela falha do próprio sacerdote.
2.
Sempre que alguém falha em cumprir o propósito
divino, outro é levantado em seu lugar (Et 4.14; At 1.20).
3.
O critério principal da nova escolha de Deus é
encontrar alguém que não falhe da mesma forma que falhou o que foi substituído
(1 Sm 13.14).
Como é triste saber que alguém que o Senhor
escolheu para Si foi rejeitado e substituído! Mas o juízo divino declarado
contra a Casa de Eli não é algo exclusivamente dele; o mesmo princípio é
aplicado a qualquer ministério que “zombe” de
Deus, como Eli e seus filhos fizeram, pois a Escritura declara:
“Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois
aquilo que o homem semear, isso também ceifará.” (Gálatas 6.7)
O cumprimento da profecia feita a Eli aconteceu
anos depois, envolvendo dois sacerdotes distintos: Abiatar e Zadoque. Na pessoa
de Abiatar, vemos o cumprimento da destruição da família de Eli. Na pessoa de
Zadoque, encontramos o cumprimento da promessa a um sacerdote fiel.
Observemos primeiramente a história de Abiatar.
Depois analisaremos a história de Zadoque. O profeta Samuel ainda estava vivo
quando começou a acontecer o juízo sobre a casa de Eli:
“Respondeu o rei: Aimeleque, morrerás, tu e toda a
casa de teu pai. Disse o rei aos da guarda, que estavam com ele: Volvei e matai
os sacerdotes do Senhor, porque também estão de mãos dadas com Davi e porque
souberam que fugiu e não mo fizeram saber. Porém os servos do rei não quiseram
estender as mãos contra os sacerdotes do Senhor. Então, disse o rei a Doegue:
Volve-te e arremete contra os sacerdotes. Então, se virou Doegue, o edomita, e
arremeteu contra os sacerdotes, e matou, naquele dia, oitenta e cinco homens
que vestiam estola sacerdotal de linho. Também a Nobe, cidade destes
sacerdotes, passou a fio de espada: homens, e mulheres, e meninos, e crianças
de peito, e bois, e jumentos, e ovelhas. Porém dos filhos de Aimeleque, filho
de Aitube, um só, cujo nome era Abiatar, salvou-se e fugiu para Davi; e lhe
anunciou que Saul tinha matado os sacerdotes do Senhor.” (1 Samuel 22.16-21)
A Bíblia nos mostra que esta era a linhagem
sacerdotal de Eli:
“Aías, filho de Aitube, irmão de Icabô, filho de
Finéias, filho de Eli, sacerdote do Senhor em Siló, trazia a estola sacerdotal”
(1 Sm 14.3).
Tanto Aías como Aimeleque eram filhos de Aitube e
bisnetos de Eli. E, dentre os sacerdotes, todos morreram (oitenta e cinco
diante de Saul somente, além dos que morreram em Nobe), com a única exceção de
um descendente de Eli, o seu tataraneto Abiatar, que escapou com vida e foi –
por vários anos – o único sobrevivente desta linhagem. Porém, quando Salomão
assumiu o trono, a sentença profética contra a Casa de Eli enfim veio a
cumprir-se:
“E a Abiatar, o sacerdote, disse o rei: Vai para
Anatote, para teus campos, porque és homem digno de morte; porém não te matarei
hoje, porquanto levaste a arca do Senhor Deus diante de Davi, meu pai, e porque
te afligiste com todas as aflições de meu pai. Expulsou, pois, Salomão a
Abiatar, para que não mais fosse sacerdote do Senhor, cumprindo, assim, a
palavra que o Senhor dissera sobre a casa de Eli, em Siló.” (1 Reis 2.26,27)
Quando Abiatar foi expulso do ministério
sacerdotal, a palavra do Senhor contra a Casa de Eli finalmente se cumpriu!
Entretanto, esta palavra profética não dizia respeito somente à remoção desta
família do sacerdócio. Deus prometeu levantar um outro sacerdote que fosse fiel
e, através dele, levantar uma “Casa
Firme”. Vemos o cumprimento deste aspecto da profecia na
vida de Zadoque.
É importante destacarmos que Zadoque foi sacerdote
juntamente com Abiatar, mas, diferentemente deste outro sacerdote, ele não
apenas se manteve fiel durante os seus dias de vida, mas também instruiu toda
uma linhagem a manter-se fiel ao Senhor!
Ao falar de uma “Casa Firme”, o Senhor revelou
o Seu desejo de ver, não apenas um ministro, mas também toda uma linhagem,
mantendo-se estáveis e firmes na devoção e fidelidade a Ele e aos Seus
mandamentos. Até mesmo na Nova Aliança, o conceito de que os filhos dos
ministros devem andar em integridade é sustentado:
“É necessário, portanto, que o bispo seja
irrepreensível, esposo de uma só mulher… e que governe bem a própria casa,
criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe
governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?).” (1 Timóteo
3.2a,4,5)
“Por esta causa, te deixei em Creta, para que
pusesses em ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade, constituísses
presbíteros, conforme te prescrevi: alguém que seja irrepreensível, marido de
uma só mulher, que tenha filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem
são insubordinados.” (Tito 1.5,6)
A nossa resposta ao chamado ministerial não diz
respeito somente a nós, ministros do Senhor, mas também envolve toda a nossa
família! Os nossos filhos e os filhos dos nossos filhos (e toda uma linhagem)
deveriam ser muito bem instruídos com relação a como andarem em fidelidade ao
Senhor. Deus não está apenas procurando pessoas que façam bem o serviço, que
executem uma tarefa com excelência! Ele espera que apresentemos uma casa firme,
estável! Que as próximas gerações, depois de nós, possam continuar vivendo em
santificação e com um compromisso com Ele! Este talvez seja o maior desafio e a
maior responsabilidade de um ministério!
ESTABELECIDOS
OU REMOVIDOS DO MINISTÉRIO
Muitos ignoram (até mesmo estando no ministério) o
fundamento bíblico no tocante à forma como o Senhor age com relação aos que são
estabelecidos numa posição ministerial (ou até mesmo removidos dela). As coisas
não acontecem de forma aleatória. O Reino de Deus é constituído por princípios
– que Ele mesmo estabeleceu – e por isso não podemos ignorá-los. Há um
princípio divino, revelado nas Escrituras, que sempre está relacionado com o
estabelecimento de pessoas no ministério. Trata-se da consagração, da
santificação.
Ao procurarmos entender o padrão celestial para o
estabelecimento de alguém no ministério, precisamos recorrer aos registros
bíblicos dos dias de Moisés. A razão é que, antes de Moisés, ninguém foi
oficial e formalmente estabelecido por Deus no ministério. Algumas pessoas
aparecem na narrativa bíblica como sacerdotes (como Melquisedeque e Jetro), mas
não vemos ninguém sendo colocado por Deus nesta função. A primeira consagração
ao ministério aconteceu com Arão e seus filhos, e, logo depois, toda a Tribo de
Levi foi separada para as funções ministeriais (ainda que não fossem todos
sacerdotes). Mas há uma pergunta importante que deveríamos fazer ao falarmos
sobre os padrões de Deus para se estabelecer alguém no ministério: “Por que a Tribo de Levi foi escolhida?” O
plano de Deus inicialmente não envolvia apenas uma tribo. Ele desejava uma
nação sacerdotal:
“Agora, pois, se
diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então sereis
a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é
minha; vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as palavras
que falarás aos filhos de Israel.” (Êxodo 19.5,6)
O plano divino era um reino (e não só uma tribo) de
sacerdotes! Era uma nação santa! A palavra hebraica traduzida como “santa” é “kadosh”, e significa não
apenas “algo sagrado”,
mas também tem a ideia de “separado”. O conceito de “separado” não era
simplesmente o conceito de se manter distância dos outros povos, pois o plano
divino envolvia o fato de que as nações seriam abençoadas e alcançadas através
do povo de Israel (Gn 18.18). Ser “separado”, além de “não contaminar-se com os pecados e práticas dos
demais povos”, também significava a necessidade de “ser um instrumento, um canal de Deus para se tocar
os demais povos e culturas”!
Entretanto, num momento específico, a Tribo de Levi
foi separada para ser uma tribo sacerdotal, ao invés de toda uma nação de
sacerdotes. O que aconteceu para determinar esta escolha? O próprio Moisés
responde, falando sobre algo que ocorreu entre as suas duas subidas ao Monte
Sinai:
“Por esse mesmo
tempo, o Senhor separou a tribo de Levi para levar a arca da Aliança do Senhor,
para estar diante do Senhor, para o servir e para abençoar em seu nome até ao
dia de hoje. Pelo que Levi não tem parte nem herança com seus irmãos; o Senhor
é a sua herança, como o Senhor, teu Deus, lhe tem prometido. Permaneci no
monte, como da primeira vez, quarenta dias e quarenta noites; o Senhor me ouviu
ainda por esta vez; não quis o Senhor destruir-te.” (Deuteronômio 10.8-10)
Ele fala que “por
esse mesmo tempo” (e não antes) a Tribo de Levi foi separada. O
que aconteceu para determinar esta escolha? O versículo 10 revela quando isto
foi determinado: antes da segunda vez que Moisés subiu ao Monte Sinai!
Quando Moisés desceu do Monte Sinai com as Tábuas
de Pedra contendo os Dez Mandamentos, ele descobriu que o povo de Israel,
liderado por Arão, havia feito um bezerro de ouro e havia se apartado do
Senhor. O povo estava desenfreado (não podia ser contido). Então foi tomada uma
enérgica medida de juízo:
“Vendo Moisés que o povo estava desenfreado, pois
Arão o deixara à solta para vergonha no meio dos seus inimigos, pôs-se em pé à
entrada do arraial e disse: Quem é do Senhor venha até mim. Então, se ajuntaram
a ele todos os filhos de Levi, aos quais disse: Assim diz o Senhor, o Deus de
Israel: Cada um cinja a espada sobre o lado, passai e tornai a passar pelo
arraial de porta em porta, e mate cada um a seu irmão, cada um, a seu amigo, e
cada um, a seu vizinho. E fizeram os filhos de Levi segundo a palavra de
Moisés; e caíram do povo, naquele dia, uns três mil homens.” (Êxodo 32.25-28)
No momento em que Moisés declara “Quem é do Senhor venha até mim”,
os únicos que responderam foram os integrantes da Tribo de Levi: “Então, se ajuntaram a ele todos os filhos de
Levi.” E, naquele mesmo instante, eles se moveram no zelo
de santidade e executaram juízo contra os seus irmãos. A escolha divina pelos
que serão ministros do Altíssimo sempre está associada à consagração e à
santificação. Por isso, se um ministro comprometer esses valores, ele terá
comprometido a essência do seu chamado!
Assim como vemos na profecia contra Eli e na
separação da Tribo de Levi, também vemos este mesmo critério de escolha (ou de
rejeição) com relação aos reis de Israel. Este é o caso de Saul:
“Então, disse Samuel a Saul: Procedeste nesciamente
em não guardar o mandamento que o Senhor, teu Deus, te ordenou; pois teria,
agora, o Senhor confirmado o teu reino sobre Israel para sempre. Já agora não
subsistirá o teu reino. O Senhor buscou para si um homem que lhe agrada e já
lhe ordenou que seja príncipe sobre o seu povo, porquanto não guardaste o que o
Senhor te ordenou.” (1 Samuel 13.13)
Eu sempre achei que Saul havia sido levantado “temporariamente”, até que Davi, o
escolhido de Deus, aparecesse no cenário. Mas isso não é verdade! Saul teve
chances reais de não somente permanecer no trono, mas também, como disse o
profeta Samuel, de ter o seu reino sobre Israel confirmado para sempre! Isso
não significa que ele seria imortal, mas que a sua linhagem (à semelhança da
Aliança que Deus fez posteriormente com Davi) estaria para sempre no trono – o
que, a meu ver, revela a possibilidade de que o Messias viesse da linhagem de
Saul! O que este homem jogou fora não foi apenas o trono (aliás, isso foi o que
ele mais aproveitou! Ele reinou por quarenta anos – At 13.21), mas foi também a
perspectiva de ele poder estar no desenrolar do plano divino, que envolvia algo
muito maior do que ele jamais sonhara!
Vemos a repetição do mesmo caso com o rei Jeroboão.
Nos dias de Roboão, filho de Salomão, o reino se dividiu. Judá e Benjamin
formaram, sob o comando de Roboão, o Reino de Judá (ou do Sul), e as demais
tribos formaram, sob o comando de Jeroboão, o Reino de Israel (ou do Norte).
Antes de o reino se dividir, uma palavra profética foi dada a Jeroboão, dizendo
que o Senhor estava rasgando dez Tribos de Israel, do Reino de Roboão, e
entregando-as a ele. E, juntamente com esta notícia, foi dito a Jeroboão o
seguinte:
“Tomar-te-ei, e reinarás sobre tudo o que desejar a
tua alma; e serás rei sobre Israel. Se ouvires tudo o que eu te ordenar, e
andares nos meus caminhos, e fizeres o que é reto perante mim, guardando os
meus estatutos e os meus mandamentos, como fez Davi, meu servo, eu serei
contigo, e te edificarei uma casa estável, como edifiquei a Davi, e te darei
Israel.” (1 Reis 11.37,38)
Se Jeroboão obedecesse ao Senhor – o que sabemos
que ele não fez – ele teria o mesmo direito a uma casa estável (firme), como
Deus concedeu a Davi! Nem Saul nem Jeroboão foi levantado por Deus para falhar
e ser removido! Eles tinham promessas e possibilidades reais de prosperarem no
plano divino! Contudo, as suas escolhas (erradas) os afastaram do Senhor! Se
por um lado a nossa obediência e a nossa consagração nos estabelecem no lugar
de serviço designado por Deus, por outro lado a desobediência e a falta de
consagração nos removem da posição de serviço em que fomos estabelecidos!
Este é um padrão encontrado em toda a Bíblia! Não
somente no Antigo Testamento, mas também no Novo Testamento. No Livro do
Apocalipse, o apóstolo João teve uma visão de Sete Candeeiros de Ouro e de Sete
Estrelas (Ap 1.20), sendo que os Candeeiros simbolizam as Sete Igrejas (da
Ásia) e as estrelas representam os anjos (mensageiros) dessas Igrejas. Uma
palavra que o Senhor diz, através de João, ao anjo da Igreja (Candeeiro) de
Éfeso é a seguinte:
“Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e
volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu
lugar o teu candeeiro [igreja], caso não te arrependas.” (Apocalipse 2.5)
Em outras palavras, o Senhor está dizendo:
“Arrependa-se, senão Eu retirarei a igreja (o ministério) que Eu lhe confiei!”
É evidente, portanto, que a falta de santidade faz com que alguns ministros
sejam removidos do seu lugar de serviço em o Senhor os colocou. Por outro lado,
vimos que Deus separou a Tribo de Levi para o ministério, justamente por terem
se posicionado em santidade, o que nos faz perceber o princípio bíblico de que o
que faz com que sejamos estabelecidos no ministério é o nosso compromisso de
santidade. Veremos isto uma vez mais no exemplo bíblico a seguir, que revela a
importância do zelo de santidade.
O
ZELO DA SANTIDADE
Cada ministro do Senhor deve não apenas consagrar-se
em sua vida pessoal, mas também ser cheio de zelo pela santidade do povo de
Deus. Temos a seguir a impressionante história de Finéias, neto do sumo
sacerdote Arão, o qual, devido à sua atitude de declarar guerra e intolerância
ao pecado, recebeu a aliança do sacerdócio perpétuo (o que ressalta que não há
prova mais evidente com relação ao que faz com que sejamos estabelecidos pelo
Senhor no ministério):
“Habitando Israel em Sitim, começou o povo a
prostituir-se com as filhas dos moabitas. Estas convidaram o povo aos
sacrifícios dos seus deuses; e o povo comeu e inclinou-se aos deuses delas.
Juntando-se Israel a Baal-Peor, a ira do Senhor se acendeu contra Israel. Disse
o Senhor a Moisés: Toma todos os cabeças do povo e enforca-os ao Senhor ao ar livre,
e a ardente ira do Senhor se retirará de Israel. Então, Moisés disse aos juízes
de Israel: Cada um mate os homens da sua tribo que se juntaram a Baal-Peor. Eis
que um homem dos filhos de Israel veio e trouxe a seus irmãos uma midianita
perante os olhos de Moisés e de toda a congregação dos filhos de Israel,
enquanto eles choravam diante da tenda da congregação. Vendo isso Finéias,
filho de Eleazar, o filho de Arão, o sacerdote, levantou-se do meio da
congregação, e, pegando uma lança, foi após o homem israelita até ao interior
da tenda, e os atravessou, ao homem israelita e à mulher, a ambos pelo ventre;
então, a praga cessou de sobre os filhos de Israel. Os que morreram da praga
foram vinte e quatro mil.” (Números 25.1-9)
Finéias não admitiu o insulto daquele israelita, e,
sob uma ordem que já havia sido dada pelo Senhor de se exercer juízo sobre os
que encabeçavam aquela corrida ao pecado, o sacerdote agiu, mostrando um grande
zelo por Deus e pela Sua santidade no meio do arraial de Israel. As Escrituras
Sagradas nos mostram que este seu zelo de santidade não somente fez com que a
praga cessasse, mas também foi o que fez com que o Senhor o confirmasse em sua
posição ministerial (além da promessa divina sobre a sua linhagem permanecer no
sacerdócio – que é o conceito que já abordamos sobre a “casa firme”):
“Então, disse o Senhor a Moisés: Finéias, filho de
Eleazar, filho de Arão, o sacerdote, desviou a minha ira de sobre os filhos de
Israel, pois estava animado com o meu zelo entre eles; de sorte que, no meu
zelo, não consumi os filhos de Israel. Portanto, dize: Eis que lhe dou a minha
aliança de paz. E ele e a sua descendência depois dele terão a aliança do
sacerdócio perpétuo; porquanto teve zelo pelo seu Deus e fez expiação pelos
filhos de Israel.” (Números 25.10-13)
Vamos refletir um pouco sobre esta “aliança do sacerdócio perpétuo”.
Deus já havia determinado que a linhagem de Arão exerceria o sacerdócio.
Contudo, isto não significava que qualquer homem da sua linhagem estivesse “garantido” no
ministério. Se assim fosse, o Senhor não teria falado em remover a Casa de Eli
do sacerdócio. Por outro lado, até mesmo com a linhagem de Eli sendo arrancada
do ministério, outros descendentes de Arão ainda continuariam a exercer o serviço
sagrado.
Portanto, a aliança que Deus firmou com Finéias não
é mera repetição da promessa e da bênção que já havia sobre qualquer
descendente de Arão. É algo mais! Eu creio que o Altíssimo estava dizendo que,
ainda que outros descendentes de Arão pudessem ser removidos do ministério, a
linhagem de Finéias seria perpetuamente estabelecida em seu lugar de serviço.
Por quê? Por causa do zelo de santidade manifestado pelo cabeça de toda uma
linhagem.
É interessante observarmos, ao falarmos da remoção
da Casa de Eli do sacerdócio (por sua infidelidade), que ele não era
descendente de Finéias (filho de Eleazar). Eli, embora descendente de Arão, era
da linhagem de Itamar (1 Cr 24.3,6), e não de Eleazar. Por outro lado, o
sacerdote Zadoque era da linhagem de Finéias (filho de Eleazar), e, como
descendente deste, estava incluído na aliança do sacerdócio perpétuo:
“Estes foram os descendentes de Arão: o seu filho
Eleazar, pai de Finéias, que foi o pai de Abisua, pai de Buqui, pai de Uzi, que
foi o pai de Zeraías, pai de Meraiote, pai de Amarias, que foi o pai de Aitube,
pai de Zadoque, pai de Aimaás.” (1 Crônicas 6.50-53 – NVI)
A história se repete! Arão recebeu a promessa de
ter a sua linhagem no ministério. Depois de Arão, o seu neto Finéias se
destacou e, devido ao seu zelo de santidade, ele recebeu esta aliança do
sacerdócio perpétuo. Posteriormente, surgiu Zadoque (da linhagem de Finéias), a
quem Deus fez a promessa de uma “casa
firme” (uma linhagem que não seria removida). Após o
Exílio Babilônico, um dos períodos de maior apostasia da história de Israel, os
filhos de Zadoque ainda foram apontados por Deus como os que se conservaram
fiéis. Finalmente, nos últimos Livros da narrativa do Antigo Testamento, surgiu
Esdras, o sacerdote de grande destaque na reconstrução de Jerusalém no período
pós-exílio, que também era descendente de Zadoque e de Finéias (Ed 7.1-5).
Portanto, o que nos estabelece ou nos remove da
nossa função ministerial é o nosso compromisso com Deus, é o nosso zelo de
santidade (ou a falta dele)!
É
MELHOR NÃO PERCAMOS DO QUE SERMOS RESTAURADOS DEPOIS
Aos quinze anos de idade, eu ouvi uma história que,
apesar de muito simples (eu poderia dizer que foi uma ilustração bem infantil),
me abriu os olhos para algo muitíssimo importante. Eu estava conversando com um
pastor sobre as lutas contra o pecado que o adolescente tem que travar, e, em
algum momento, eu comentei como era confortante a ideia de que servimos a um
Deus perdoador. Apesar de eu estar falando uma verdade bíblica inquestionável,
eu creio que eu deixei transparecer um entendimento equivocado sobre como
devemos nos relacionar com a questão do pecado e sobre como podemos usufruir do
perdão de Deus, pois, imediatamente, aquele pastor passou a narrar a seguinte
história:
“Havia um garoto cheio de energia, hiperativo, que
a mãe mal conseguia controlar. Depois de inúmeras tentativas frustrantes de
corrigir e disciplinar o menino, a mãe resolveu mexer em algo que se destacava
como uma característica singular da criança: o seu lado narcisista. Ela havia
presenteado o filho com uma foto dele, a qual foi ampliada e colocada como um
pôster enorme em seu próprio quarto. O rapazinho amava aquele quadro e quase
adorava a si mesmo. Assim sendo, a sua mãe, decidida a fazê-lo repensar a sua
rebeldia, ameaçou-o, dizendo que, a partir daquele momento, ela pregaria uma
taxinha no pôster do menino a cada ato de desobediência dele. Num certo dia, o
menino entrou em seu quarto e surpreendeu-se por quase não conseguir enxergar o
seu próprio rosto no pôster, tamanha a quantidade de taxinhas fincadas no
quadro! O choque causado pela cena o ajudou a perceber o quanto ele vinha
errando e magoando a sua própria mãe. Sinceramente arrependido, o garoto pediu
perdão por ter falhado tanto e disse o quanto ele gostaria de agir de forma
diferente, o que fez com que a sua mãe não apenas o perdoasse, mas também
removesse todas aquelas taxinhas! Contudo, enfatizou o narrador, o quadro ficou
cheio de furinhos!”
Moral da história: os nossos erros, ainda que
perdoados, deixam consequências! Eu entendi imediatamente que, apesar de saber
que eu servia a um Deus que perdoa os meus pecados, eu não podia “brincar” de pecar,
para pedir perdão depois! É melhor não pecarmos do que sermos restaurados
depois, pois o perdão divino restaura a nossa comunhão com o Senhor, mas não
anula as consequências que se manifestarão depois! A Palavra de Deus é muito
clara com relação a isso! Vejamos esse princípio revelado em três exemplos
bíblicos de pessoas que pecaram e colheram as consequências, até mesmo depois
que foram perdoadas!
Primeiramente, observemos o exemplo da geração de
israelitas que saiu do Egito. Quando eles se recusaram a crer que herdariam a
Terra Prometida, o Senhor Se irou contra eles, a ponto de querer destruí-los
(Nm 14.11,12). Mas Moisés intercedeu por eles, suplicando o perdão divino, e
foi ouvido em sua oração (Nm 14.13-20). Deus perdoou o pecado deles, mas,
juntamente com o perdão, o Senhor anunciou qual seria a consequência do pecado
deles (ainda que já perdoado):
“O Senhor respondeu: Eu o perdoei, conforme você
pediu. No entanto, juro pela glória do Senhor que enche toda a terra, que
nenhum dos que viram a minha glória e os sinas miraculosos que realizei no
Egito e no deserto, e me puseram à prova e me desobedeceram dez vezes – nenhum deles
chegará a ver a terra que prometi com juramento a seus antepassados. Ninguém
que me tratou com desprezo a verá.” (Números 14.20-23 – NVI)
Também encontramos nas Escrituras o exemplo de
Davi, o qual, ainda que perdoado pelo pecado cometido, ouviu do Senhor uma
sentença de julgamento. Isto é evidente na palavra profética recebida depois do
pecado de adultério com Bate-Seba e do homicídio de Urias:
“Por que, pois, desprezaste a palavra do Senhor,
fazendo o que era mal perante ele? A Urias, o heteu, feriste à espada; e a sua
mulher tomaste por mulher, depois de o matar com a espada dos filhos de Amom.
Agora, pois, não se apartará a espada jamais da tua casa, porquanto me
desprezaste e tomaste a mulher de Urias, o heteu, para ser tua mulher. Assim
diz o Senhor: Eis que da tua própria casa suscitarei o mal sobre ti, e tomarei
tuas mulheres à tua própria vista, e as darei a teu próximo, o qual se deitará
com elas, em plena luz deste sol. Porque tu o fizeste em oculto, mas eu farei
isto perante todo o Israel e perante o sol.” (2 Samuel 12.9-14)
Ainda que Deus houvesse declarado o perdão a Davi e
que ele estava livre da morte (o que a Lei de Moisés exigia neste caso, o que,
para mim, é uma “janela da
graça” se abrindo ainda no tempo da Lei), as consequências
foram claramente anunciadas. O rei-salmista foi avisado de que a espada jamais
se apartaria da sua casa, e ele provou a dor de ver um filho matando o outro. A
vida de Davi (bem como de sua família) tornou-se uma grande confusão depois
deste ocorrido, e, na rebelião de Absalão, a profecia teve o seu cumprimento
final, quando as concubinas do rei Davi foram tomadas pelo seu filho e
humilhadas à vista de todo o Israel!
Todo pecado, mesmo que perdoado por Deus, deixa
consequências! Sempre haverá uma colheita das coisas que plantamos! O perdão
divino remove a culpa, mas as consequências – ainda que aplacadas pela
misericórdia divina – hão de se manifestar!
Outro exemplo claro desta verdade (de que os
pecados perdoados deixam consequências) pode ser visto na vida de Paulo, o
qual, antes da sua conversão, perseguiu a Igreja de Jesus Cristo como poucos
fizeram (At 8.3; 1 Co 15.9). Sabemos que, ao encontrar-se com Jesus, Paulo foi
perdoado de todos os seus pecados. No entanto, assim que se converteu, uma das
primeiras palavras proféticas que ele recebeu do Senhor foi: “Eu lhe mostrarei o quanto importa sofrer pelo meu
nome” (At 9.16).
Vale ressaltarmos que as consequências dos nossos
pecados, obviamente, são determinadas pela gravidade do que praticamos. Nem
todo pecado cometido por um ministro significará a sua remoção do seu
ministério. O que o Senhor Jesus declarou ao mensageiro da Igreja de Éfeso foi
o seguinte: “Arrepende-te… se
não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te
arrependas” (Ap 2.5). A remoção do ministério somente ocorre se
não houver arrependimento. Contudo, alguns pecados que cometemos, até mesmo
depois de terem sido perdoados por Deus, podem reduzir a nossa herança
ministerial e o nível de conquistas e de bênçãos que poderíamos desfrutar!
Vemos nas Escrituras Sagradas o exemplo de Moisés e
Arão, os quais, depois de pecarem contra o Senhor, não puderam entrar na Terra
Prometida. Os dois irmãos foram instruídos por Deus a falarem à rocha, a qual,
por sua vez, jorraria água. No entanto, ao invés de falarem à rocha, eles
acabaram ferindo-a. Logo depois do ocorrido, a sentença divina foi determinada:
“Mas o Senhor disse a Moisés e a Arão: Visto que
não crestes em mim, para me santificardes diante dos filhos de Israel, por
isso, não fareis entrar este povo na terra que lhe dei. São estas as águas de
Meribá, porque os filhos de Israel contenderam com o Senhor; e o Senhor se
santificou neles.” (Números 20.12,13)
Logo depois de o Altíssimo determinar a
consequência do pecado de Moisés e Arão, que era o fato de eles não poderem
entrar em Canaã – a Terra da Promessa – Ele também determinou que Arão fosse
imediatamente “recolhido”.
A morte do sumo sacerdote foi antecipada por causa deste pecado nas águas de
Meribá:
“Então, partiram de Cades; e os filhos de Israel,
toda a congregação, foram ao monte Hor. Disse o Senhor a Moisés e a Arão no
monte Hor, nos confins da terra de Edom: Arão será recolhido a seu povo, porque
não entrará na terra que dei aos filhos de Israel, pois fostes rebeldes à minha
palavra, nas águas de Meribá.” (Números 20.22-24)
Depois de Arão, foi a vez de Moisés morrer sem
entrar na Terra Prometida. E, novamente, o Senhor recordou o motivo pelo qual
isto aconteceria – o pecado cometido nas águas de Meribá:
“Depois, disse o Senhor a Moisés: Sobe a este monte
Abarim e vê a terra que dei aos filhos de Israel. E, tendo-a visto, serás
recolhido também ao teu povo, assim como o foi teu irmão Arão; porquanto, no
deserto de Zim, na contenda da congregação, fostes rebeldes ao meu mandado de
me santificar nas águas diante dos seus olhos. São estas as águas de Meribá de
Cades, no deserto de Zim.” (Números 27.12-14)
Moisés chegou a orar, pedindo que Deus o deixasse
entrar em Canaã, mas a sua herança foi diminuída no tocante a isto, e nada mais
pôde ser feito. A nossa herança ministerial pode ser diminuída quando pecamos!
Isto é um fato!
Iniciamos este estudo falando do contraste entre os
filhos de Zadoque (que se conservaram fiéis ao Senhor) e os demais levitas (que
se corromperam, servindo aos ídolos) e como a herança – natural – das terras ao
redor do Templo foram dadas para se honrar aos sacerdotes santificados.
Concluiremos agora, observando que um outro aspecto da herança – o espiritual –
é determinado por essa mesma postura nossa de compromisso com Deus (ou não)!
Observe que os demais sacerdotes que pecaram foram
como que “rebaixados” à função de meros levitas, sem poderem exercer todo o seu
ofício ou tampouco desfrutar de todos os seus direitos sacerdotais:
“Os levitas, que tanto se distanciaram de mim
quando Israel se desviou e que vaguearam para longe de mim, indo atrás de seus
ídolos, sofrerão as consequências de sua iniquidade. Poderão servir no meu
santuário como encarregados das portas do templo e também farão o serviço nele;
poderão matar os animais dos holocaustos e outros sacrifícios em lugar do povo
e colocar-se diante do povo e servi-lo. Mas, porque os serviram na presença de
seus ídolos e fizeram a nação de Israel cair em pecado, jurei de mão erguida
que eles sofrerão as consequências de sua iniquidade. Palavra do Soberano, o
Senhor. Não se aproximarão para me servir como sacerdotes, nem se aproximarão
de nenhuma das minhas coisas sagradas e das minhas ofertas santíssimas;
carregarão a vergonha de suas práticas repugnantes. Contudo, eu os encarregarei
dos deveres do templo e de todo trabalho que nele deve ser feito.” (Ezequiel
44.10-14 – NVI)
Por outro lado, os filhos de Zadoque, a linhagem
chamada pelo Senhor de “casa firme”,
pelo fato de que permaneceram fiéis (quando ninguém mais o fez), tiveram não
apenas os seus direitos e funções preservados, mas também receberam a promessa
de que desfrutariam da presença de Deus como ninguém mais:
“Mas, os sacerdotes levitas e descendentes de
Zadoque e que fielmente executaram os deveres do meu santuário quando os
israelitas se desviaram de mim, se aproximarão para ministrar diante de mim;
eles estarão diante de mim para oferecer sacrifícios de gordura e sangue.
Palavra do Soberano, o Senhor. Só eles entrarão em meu santuário e se
aproximarão da minha mesa para ministrar diante de mim e realizar o meu
serviço.” (Ezequiel 44.15,16 – NVI)
CONCLUSÃO
O entendimento destas verdades deve produzir temor
em nossos corações e fazer com que haja em nós uma resposta mais intensa de
consagração a Deus! Se a nossa herança – tanto na dimensão natural (Ez
48.10-14) como na dimensão espiritual (Ez 44.15,16) – é determinada pela nossa
santificação, então devemos aprofundar o nosso compromisso com o Senhor! Esta é
a única forma pela qual poderemos desfrutar da herança dos santificados! Você
está decidido a desfrutá-la?
ESTUDO BÍBLICO - A HERANÇA DOS SANTIFICADOS
Reviewed by Glória Ebenézer
on
outubro 13, 2017
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