É permitido ao casal cristão se divorciar?
O
índice de divórcios no Brasil cresce a cada ano. É comum ver casais que se
casam rapidamente e se separam em uma velocidade maior ainda. Mas a questão é, o
que a Bíblia diz sobre o divórcio? É
permitido ao casal cristão se divorciar? Nessa linha segue
um estudo que aborda essa questão, leia e tire suas conclusões.
Divórcio não é algo
recomendado por Deus e nem que O agrada, mas, à luz da Bíblia,
há uma circunstância em que o divórcio é permitido.
O padrão divino para o
casamento é, segundo as palavras de Jesus, que seja indissolúvel (Marcos 10.9).
Mas há uma larga diferença entre o ideal e o real. Logo, conhecendo a dureza do
coração humano e seus problemas de relacionamento, Deus permitiu exceções ao
Seu projeto inicial, especialmente em casos de violência doméstica, abusos
emocionais e sexuais e casos contumazes de adultério.
Quando
foi indagado a respeito de o divórcio ser ou não permitido segundo a Lei
mosaica, Jesus explicou: Moisés, por causa da dureza do vosso coração, vos
permitiu repudiar vossa mulher; mas, ao princípio, não foi assim. Eu vos digo,
porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de
prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a
repudiada também comete adultério. Mateus 19.8,9
Não havendo infidelidade, o
divórcio é ilegítimo, pois não põe fim ao vínculo do casamento. Mas, o mesmo
não se pode dizer quando o motivo é o adultério. No caso de simples repúdio por
motivo fútil, o divórcio é ilegítimo aos olhos de Deus.
De acordo com a Bíblia, para
Deus, o ideal é que não haja traição e que, havendo, o perdão seja liberado.
Mas, por causa da dureza do coração do homem (Mateus 19.8), da sua incapacidade
de perdoar, o traído pode divorciar-se e casar-se de novo.
Entretanto,
isso não significa que o divórcio deva acontecer automaticamente quando o
cônjuge comete adultério. Aqueles que descobrem que seu parceiro foi infiel
devem primeiro fazer todo o esforço para perdoar, reconciliar-se e restaurar o
relacionamento.
O divórcio deve ser empregado
apenas em última instância, quando o adúltero não demonstrar arrependimento
genuíno repetindo esse ato vil que abala a confiança do cônjuge, machuca-o e
desestrutura o vínculo conjugal.
Algumas pessoas empregam
Romanos 7.1-3 para respaldar uma posição contrária a um novo casamento em
qualquer hipótese. Afirmam que o que traiu e o que foi traído estão ligados até
a morte. O contexto não permite tal entendimento. O objetivo do apóstolo Paulo
era mostrar, especificamente aos judeus, a diferença entre a antiga e a nova aliança.
Utilizar esse texto para
condenar o divórcio em qualquer hipótese é ser mais duro do que Jesus. É
obrigar a pessoa a conviver com o outro sem jamais poder divorciar-se, ainda
que seja traída ou agredida repetida e continuamente.
Se a nova aliança condenasse
alguém a esse tipo de jugo, não se faria superior em nada à antiga, já que a
Lei mosaica, nesse sentido, seria mais humana, tolerante e justa. Os judeus não
tinham o casamento como indissolúvel. Eles conheciam as exceções. Jesus as
interpretou de forma mais eficaz e restrita.
Autor: Pastor Silas Malafaia
O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE O DIVÓRCIO?
Reviewed by Glória Ebenézer
on
abril 28, 2018
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